segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Neurônios


Neurônio


                   Neurônio é a célula nervosa que, juntamente com as células da neuróglia, forma o tecido nervoso. Responsável pela condução do impulso nervoso, possui a capacidade de responder aos estímulos do meio, como a luz e o calor, por exemplo; através de alterações da diferença de potencial elétrico existente entre as superfícies interna e externa de sua membrana plasmática, se propagando ao longo da célula e de seus prolongamentos.
                 O neurônio é considerado a unidade básica da estrutura tanto do cérebro quanto do sistema nervoso. É formado por um corpo celular denominado pericário, de onde partem os prolongamentos e que acomoda o núcleo do neurônio; dendritos, prolongamentos numerosos responsáveis por receber os estímulos do ambiente, células epiteliais sensoriais e outros neurônios; e axônio, um prolongamento único condutor dos impulsos nervosos à outras células, como as musculares, glandulares ou mesmo outros neurônios.
               O número, o comprimento e o modo de ramificação dos prolongamentos do pericário são a base morfológica para a classificação dos neurônios em multipolares, bipolares ou pseudo-unipolares.
Os neurônios multipolares apresentam mais de dois prolongamentos partindo de seu pericário, sendo um deles o axônio e os demais dedritos. Já os bipolares possuem apenas dois prolongamentos, um axônio e um dedrito. Nos neurônios pseudo-unipolares há apenas um único prolongamento saindo do pericário, porém ele se bifurca em dois novos prolongamentos, um indo em direção à alguma estrutura periférica e o outro para o sistema nervoso central, contudo ambos apresentam características de axônio. Neste tipo de neurônio, os detritos são os ramos de terminação periférica do axônio, relacionados com o receptor.
             No que se refere às funções dos neurônios, os mesmos podem ser classificados em neurônios motores, cuja função é transmitir o sinal vindo do sistema nervoso central até os órgãos efetores (que se movem), como as fibras musculares; neurônios sensoriais, receptores dos estímulos sensoriais do meio-ambiente e do próprio organismo; e interneurônios, que constituem extensas redes de neurônios.
             O núcleo de um neurônio é circundado por citoplasma e, na maioria dos neurônios, é esférico, grande e pálido, isso porque seus cromossomos encontram-se desespiralizados, indicando o metabolismo elevado destas células. Normalmente os neurônios possuem um só núcleo, porém nos gânglios sensitivos e simpáticos, são binucleados.

 Curiosidade


 Os neurônios podem morrer? Antigamente, pelo menos até o ano de 1984, acreditava-se que os neurônios poderiam morrer com o passar do tempo. Essa teoria caiu por terra. A ciência descobriu que os neurônios só são perdidos em processos patológicos degenerativos. Um desses exemplos está caracterizado pela doença de Alzheimer, acidentes vasculares cerebrais ou cortes de outros tecidos.
          Algumas pesquisas mais recentes apontam que os neurônios danificados podem se renovar. Porém, a neurogênese, como é denominada a formação de um neurônio, é um processo extremamente lento. Normalmente essa nova célula se desenvolve em uma determinada posição do cérebro para depois migrar para um local determinado. Devido a estimulações, as conexões entre os neurônios são rearranjadas.
       Uma lesão cerebral demonstra muito bem esse processo. Nesses casos, as partes adjacentes à área danificada assumem a função da área que sofreu a lesão. Isso possibilita a recuperação da movimentação perdida.

Portanto, os neurônios “morrem”, porém podem se renovar.


por: Andrielli Ribeiro da Luz

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